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É provalvemente o maior responsável por aquela que é considerada a pesca da moda em barco fundeado.
Paulo Moreira, ou "cebola" como também é conhecido é um apaixonado pela pesca embarcada e não nega que lhe dá uma imensa satisfação pescar com esta técnica.
Reproduzimos aqui uma entrevista com Paulo Moreira, pescador da margem sul do Tejo.
Como é que começou este fenómeno da chumbadinha?
-Posso dizer que foi nas Berlengas. pesquei lá muitos anos à chumbadinha aos sargos e às douradas e nunca usei mais de 10 gramas de chumbo para isco. Como pescava sempre à rola o barco ia derivando das pedras onde pescávamos e arrastava a pesca para zonas mais fundas, descendo paredes de pedra para zonas muito mais fundas; para que o chumbo não ficasse encostado ao anzol ia dando linha e sentia grandes "porradas" e ferrava peixes muito grandes! Nunca subia mais que o 0.27mm o que tornava tudo mais divertido e era um espetáculo! Começei a pensar a pensar que era possível pescar em 16/18 metros de fundo com uma oliva muito leve e meti na cabeça que ia experimentar esta pesca em barco fundeado, aumentando logicamente o peso do chumbo.
E não se alterou rigorosamente nada ao que se fazia inicialmente?
-Não, nada mesmo, só depois se fizeram umas afinações.É tal e qual como pescar aos sargos ao tento: um chumbo a bater no anzol e já está!
As afinações pontuais vieram com o tempo e são mais detalhes que se prendem com a necessidade e gostos de cada um e dizem respeito ao tipo de linhas e suas grossuras e aos anzóis. pessoalmente pesco sempre na casa do 0.30mm e a minha preferência vai quase sempre para o fluorcarbono, mas por vezes pesco muito fino.
jà nos anzóis prefiro sempre tamanhos grandes, entre o 4/0 e o 6/0, mas que não sejam muito grossos de forma a conseguir espetar melhor o anzol na espinha da sardinha quando isco.
Continua...
A pesca à chumbadinha é uma pesca extremamente gratificante e porventura uma das que permite bons resultados em zonas de fundos rochosos e mistos.
A montagem para a chumbadinha é extremamente simples, pois apenas consiste num estralho com cerca de 4 m e a dita chumbadinha de correr até ao anzol. As chumbadinhas são todas furadas e o seu peso é condicionado pelo estado do mar, deve ser o mais ligeiro possível, normalmente entre as 5 e as 15/20 gramas, estas últimas só para mares já bem revoltos.
Também se pode pescar directo se o carreto estiver com um fio de 0,20 a 0,25 mm, se o fio do carreto for mais grosso opta-se pelo tal estralho, a não ser que estejamos a pescar aos robalos, aí a conversa já é outra, podendo pescar-se mais grosso. Para esta pesca e para que possamos colocar a chumbadinha longe, as canas a utilizar devem ser bastante sensíveis, acção máxima de 80-100 grs, e com cerca de 4 a 5 metros, os carretos de bóia são excelentes para esta pesca.
Não tenham receio de pescar com a chumbadinha encostada à iscada pois dado que o volume da iscada oferece mais resistência à movimentação da água leva a que esta afaste a iscada da chumbadinha. Aliás, logo no lançamento, quando o isco e chumbo tocam na água, estes separam-se de imediato, pois o chumbo desce mais depressa que o isco, por este ser mais volumoso e menos hidrodinâmico desce mais devagar. A acção da aguagem ou corrente faz o resto.
Não tenham pois receio que o chumbo fique perto do isco e afugente o peixe, pois tal não acontece. Pesca-se sempre com a cana na mão e o fio ligeiramente folgado a sentir o mar. Se este puxar deixa-se ir a linha mantendo-a ligeiramente esticada e quando o mar a traz acompanha-se com a cana enrolando um pouco. Em dias sem vento é impressionante o grau de sensibilidade que temos com esta pesca. Quase que é possível sentir a iscada a rodar. Preparem-se pois para sentir bastantes toques, notem que só deve ferrar-se quando o peixe arranca mesmo. Por vezes também é habitual o peixe embuchar e ficar sossegadinho sem estrebuchar, por isso de vez em quando devemos recolher 1 ou 2 metros, voltando a folgar quando fizer alguma aguagem.
Boas pescarias.
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