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As "bicas" na pesca embarcada

Sábado, 10.11.12

Como a maioria dos pescadores embarcados sabe, a bica é normalmente uma presa casual, não poderemos nunca dizer que vamos fazer umas pescaria às bicas, como muitas vezes dizemos da pesca ao besugo, dourada, goraz ou pargo.


Normalmente são capturadas em zonas mistas de areia e rocha em profundidades nunca superiores aos 70 metros.A sua alimentação é à base de pequenos invertebrados (anelideos), crustáceos e pequenos moluscos.


Quanto à sua distrbuição geográfica as zonas de maior predominancia desta espécie são a costa algarvia, Setúbal e algumas regiões dos Açores e Madeira.


A bica, Pagellus erythrimus de cor rosa e branco é um peixe esplendoroso não só pela sua beleza como também pela luta que dá no momento da ferragem. Estas podem chegar aos 3 kilos e são exímias especialistas em libertarem-se dos anzois.


Antes da ferragem a nossa amiga costuma brincar com o isco, dando pequenos toques com o corpo e com o rabo, como que exprimentando a reacção da mesma. Também usa a beliscadela como táctica e se a mão do pescador for leve, o pescador acaba por perder o peixe por antecipação já que por norma ela não volta a fazer uma segunda investida.

 

 

Montagem para a pesca à Bica:


Legenda:


Bola de Stopper


Destorcedor Duplo: para Baixada


Baixada Fluorcarbono: 0.35mm


Estralho: 25 cm, fluorcarbono 0,28mm


Anzois: Tipo Chinu nº 2, 3, 4


Chumbada: Formato Torpedo 100, 120gr


Cross Beads “Perolas”


Depois de se sentirem ferradas, e após as primeiras “cabeçadas” para o fundo a bica opta por uma postura defensiva e deixa-se levar para cima por acção da cana, isto leva muitas vezes o pescador pensar que o peixe se desferrou no caminho, dando a oportunidade à bica para ela se conseguir desprender do anzol.


Para termos sucesso na pesca às bicas é então fundamental ter um conhecimento profundo dos hábitos e costumes deste esparideo. Antes de largar ferro num determinado pesqueiro a primeira coisa a fazer é olhar para a sonda e averiguar se o barco ficou por cima de uma zona com caracteristicas semelhantes àquelas referidas em cima.


É um peixe que raramente anda isolado, sendo muito vulgar capturar em curtos espaços de tempo três ou quatro exemplares.


Boas Pescas!!!


Ricardo Caetano

VEGA

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por João Silva às 19:19

O "pai" da chumbadinha - Parte I

Quarta-feira, 25.07.12

É provalvemente o maior responsável por aquela que é considerada a pesca da moda em barco fundeado.

Paulo Moreira, ou "cebola" como também é conhecido é um apaixonado pela pesca embarcada e não nega que lhe dá uma imensa satisfação pescar com esta técnica.


Reproduzimos aqui uma entrevista com Paulo Moreira, pescador da margem sul do Tejo.

 

Como é que começou este fenómeno da chumbadinha?
-Posso dizer que foi nas Berlengas. pesquei lá muitos anos à chumbadinha aos sargos e às douradas e nunca usei mais de 10 gramas de chumbo para isco. Como pescava sempre à rola o barco ia derivando das pedras onde pescávamos e arrastava a pesca para zonas mais fundas, descendo paredes de pedra para zonas muito mais fundas; para que o chumbo não ficasse encostado ao anzol ia dando linha e sentia grandes "porradas" e ferrava peixes muito grandes! Nunca subia mais que o 0.27mm o que tornava tudo mais divertido e era um espetáculo! Começei a pensar a pensar que era possível pescar em 16/18 metros de fundo com uma oliva muito leve e meti na cabeça que ia experimentar esta pesca em barco fundeado, aumentando logicamente o peso do chumbo.


E não se alterou rigorosamente nada ao que se fazia inicialmente?
-Não, nada mesmo, só depois se fizeram umas afinações.É tal e qual como pescar aos sargos ao tento: um chumbo a bater no anzol e já está!
As afinações pontuais vieram com o tempo e são mais detalhes que se prendem com a necessidade e gostos de cada um e dizem respeito ao tipo de linhas e suas grossuras e aos anzóis. pessoalmente pesco sempre na casa do 0.30mm e a minha preferência vai quase sempre para o fluorcarbono, mas por vezes pesco muito fino.
jà nos anzóis prefiro sempre tamanhos grandes, entre o 4/0 e o 6/0, mas que não sejam muito grossos de forma a conseguir espetar melhor o anzol na espinha da sardinha quando isco.


Continua...

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por João Silva às 23:26

Pesca embarcada em Setúbal

Domingo, 10.06.07

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por João Silva às 02:51



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